Um Mistério Infinito
22 de Setembro, 2024
Ser bem sucedido é um dos propósitos do ser humano. Seja em que área for,
Esta busca, porém, muitas vezes impede-nos de ver aquilo que realmente importa: o nosso processo de descoberta pessoal.
E quando digo pessoal, é mesmo pessoal – individual – único.
(tema a explorar num próximo artigo, provavelmente…)
A beleza do desconhecido
Já todos sabemos que a beleza do processo não é sobre “chegar lá” mas sim sobre tudo o que desvendamos de nós mesmos nesse percurso.
Mergulhar nas profundezas da nossa sombra é um exercício contínuo de revelação.
Não é linear, nem sempre é confortável, mas é essencial.
A cada descoberta, a cada parte escondida que vem à tona, percebemos que o desconhecido é, na verdade, um mistério infinito.
Por mais que iluminemos algumas áreas da nossa sombra e da nossa vida, haverão sempre assuntos que permanecerão fora do nosso alcance, num lugar que nunca conseguiremos nomear ou entender completamente.
Há beleza nessa realidade. E é importante aceitá-la.
Haverá sempre um novo mistério…
Eu diria que aquilo que provavelmente nunca iremos conhecer não é uma falha no nosso processo de autoconhecimento, mas sim uma prova de que a vida é maior do que nós.
Nem tudo precisa ser revelado e talvez seja exactamente isso que nos mantém em movimento, curiosos e dispostos a continuar a nossa jornada.
O que hoje é desconhecido poderá ser revelado amanhã, mas haverá sempre um novo mistério a pairar no horizonte, algo que escapa ao nosso entendimento, mantendo acesa a chama da busca interior e da aceitação do que não podemos controlar.
No fim, o sucesso perde o seu valor diante do vasto mistério da vida. O verdadeiro presente está em aceitar que nunca saberemos tudo – e está tudo bem com isso.
Nota pessoal:
Agora, no momento em que transcrevo este texto das minhas notas aqui para o site, estou a pensar…
Houve momentos na minha vida que foram de verdadeiro tormento. Na adolescência e na vida adulta, a morte de pessoas queridas, o afastamento físico e emocional de figuras de autoridade que deveriam orientar-me… A sensação de abandono, de solidão e desespero…
Por tudo isso muitas vezes desejei desaparecer da face da terra.
Tudo me parecia um buraco escuro, sem som, sem ar, sem vida.. Mas ao mesmo tempo também pairava aquele pensamento: “e se amanhã isto for diferente?”
E pergunto-me… e se aquela esperança e curiosidade pelo “amanhã” foi realmente o que me manteve viva até hoje?
Se assim foi, aqui estou eu a escrever isto….
Por favor, nunca percas a curiosidade pelo “amanhã”
Vivo para escrever. Adoro puzzles e mistérios. Não passo sem um cafézinho, música (especialmente heavy metal!) e uma boa dose de ironia. Silêncios são necessários e prazerosos, assim como os livros * Sou Licenciada e Mestre em Psicologia e Terapeuta de Shadow Work * Actualmente continuo a estudar Psicologia Analítica mas também Psicologia da Religião, Filosofia do Yoga e Gnose e Esoterismo Ocidental.