O que são Arquétipos?

Arquétipos

Palavra difícil de definir mas de extrema importância na psicologia junguiana: arquétipo.

Há que ter especial cuidado com a forma como usamos conceitos como este, pois carregam uma energia e significados muito próprios.

Nesta série de artigos vamos falar sobre: inconsciente pessoal e colectivo; os arquétipos nomeados por Jung e por fim, vamos ver como estes se expressam na prática. Mas primeiro, começamos por desmistificar alguns factos e interpretações:

1. A palavra “arquétipo” vem do grego arkhé que significa, por exemplo: primeiro, antigo, original; e typos, que significa: impressão ou molde. “Arquétipo” exprime a ideia de um molde ou modelo original;

2. Apesar do termo só ter sido introduzido pelo psiquiatra Carl Jung em 1919, a ideia já vem da filosofia de Platão, para se referir às ideias originais que formam a matriz de tudo o que consideramos a nossa realidade;

3. Segundo Jung, cada uma das principais estruturas da personalidade seriam Arquétipos, incluindo: o Ego, a Persona, a Sombra, a Anima (nos homens), o Animus (nas mulheres) e o Self;

4. Jung afirma que não temos acesso directo ao arquétipo, apenas podemos aceder através das suas manifestações, nomeadamente os símbolos e as imagens arquetípicas.

5. No livro “O homem e os seus símbolos”, Jung refere que “As palavras tornam-se fúteis quando não se sabe o que representam”. Se nunca experimentarmos o poder numinoso (energia psíquica) de um arquétipo e não nos relacionarmos com ele, este não passa de uma simples imagem ou de um conceito sem sentido.

Iremos desenvolver a definição de arquétipo nos próximos artigos 😉 fica atentx!!

Escrito em colaboração com a terapeuta Joana Silva, autora do site www.terapiasdalma.com

Bibliografia

JUNG, Carl. O homem e seus símbolos. Org. Carl Gustav Jung. Trad. Maria Lúcia Pinho – 3. Ed. – Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil, 2016

Patrícia Gomes

Vivo para escrever. Adoro puzzles e mistérios. Não passo sem um cafézinho, música (especialmente heavy metal!) e uma boa dose de ironia. Silêncios são necessários e prazerosos, assim como os livros * Sou Licenciada e Mestre em Psicologia Clínica e Terapeuta de Shadow Work e Desenvolvimento Pessoal * Gosto de ler e estudar sobre Mitologia, Espiritualidade, Psicologia da Religião, Parapsicologia e Psicologia Analítica.

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