Nem Sempre Zen

Shadow Work ~ Interligando Consciente e Inconsciente

Arquétipos na Prática

 

Como se manifestam os arquétipos na prática?

No seguimento do artigo anterior “O que são arquétipos?” hoje falamos sobre a parte prática do tema.

 

 

Os conteúdos do inconsciente coletivo são denominados arquétipos

 

… definidos como “formas sem conteúdo que representam apenas uma possibilidade de percepção e acção”.

Segundo Marie Louise Von Franz, “cada arquétipo é um sistema energético relativamente fechado, a veia energética pela qual correm todos os aspectos do inconsciente coletivo.”

 

Todos nós, seres humanos, vivemos os arquétipos, não precisamos de os “activar”. Eles fazem-se presentes ao longo da nossa vida nas mais variadas circunstâncias. Existe um padrão no inconsciente colectivo, como um molde inicial, idêntico para todos nós e é depois através da nossa experiência de vida individual que cada um o vai preenchendo, como diferentes ingredientes que se adicionam numa panela de sopa conforme o que se gosta ou se tem disponível.

 

 

 

 

Arquétipo da Mãe

 

Damos o exemplo do arquétipo da maternidade. O molde da Mãe, por exemplo, está presente em todas as culturas, contudo, cada um de nós viverá esse arquétipo preenchendo-o com a nossa própria experiência pessoal: a mãe nutridora, a mãe ausente, a que não quer ser mãe, etc.

 

Ou seja, se tenho uma mãe que me acompanha, que me ajuda a crescer e desenvolver de forma saudável e é carinhosa, serão essas características que irão preencher o meu molde. Se a minha mãe não está presente na minha vida ou se não temos uma relação próxima, então será isso que vai moldar a minha vivência deste arquétipo.

 

Quando falamos em Mãe, todos nós, independentemente de conhecermos ou não a nossa mãe e da nossa relação com ela, temos uma imagem do que ela é. O que muda são os detalhes nas características que lhe atribuímos.

Isto acontece também em relação a todos os outros arquétipos.

 

 

Artigo escrito em colaboração com Joana Silva, terapeuta e autora do site www.terapiasdalma.com

 

 

Bibliografia

Jung, Carl. (2016). O homem e seus símbolos. Rio de Janeiro: Harper Collins Brasil

Von Franz, M. (1990). A Interpretação dos Contos de Fada. São Paulo: Editora Paulos. Coleção Amor e Psique

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