Submundo
16 de Fevereiro, 2020
O submundo é para mim uma metáfora sobre enfrentar as trevas da vida: é descer ao fundo de ti e reconheceres as situações da vida que te abatem, as decisões que não consegues tomar, a submissão, a preguiça, a vitimização, a auto comiseração, o medo, os ciúmes, a incapacidade de lidar com os problemas, a ingenuidade, a raiva e por ai vai.
Estar no submundo
Estar no “submundo” sempre foi cómodo para mim, é onde me sinto confortável – gosto de me conhecer, de perceber os porquês (meus e dos outros) e sinto-me confortável no meu sofrimento porque o conheço bem, porque as minhas lágrimas consolam-me e aquecem-me o coração Mas talvez por isso houvesse a necessidade de tornar aquele útero aconchegante, num real inferno emocional que me abanasse e me engolisse. O submundo deverá ser lugar de passagem, não de permanência.
Consciência desperta
Ver e sentir essa minha escuridão da alma com a consciência desperta fez toda a diferença. É duro ter os olhos abertos e ver.
De repente alcanço mais além, conheço melhor a minha sombra, leio melhor os outros, confio mais na minha intuição e tenho noção de tudo o que preciso fazer para mudar e tudo isso traz responsabilidade.
A responsabilidade de perceber que preciso ter coragem e disciplina, de que necessito mudar a minha relação comigo mesma e com o mundo e que tenho mesmo de deixar de procrastinar e passar à acção.
De repente vejo-me e reconheço-me na minha humanidade. Aceito o que preciso transformar, comprometo-me a mudar e simultaneamente aceito o que sou.
Vivo para escrever. Adoro puzzles e mistérios. Não passo sem um cafézinho, música (especialmente heavy metal!) e uma boa dose de ironia. Silêncios são necessários e prazerosos, assim como os livros * Sou Licenciada e Mestre em Psicologia e Terapeuta de Shadow Work * Actualmente continuo a estudar Psicologia Analítica mas também Psicologia da Religião, Filosofia do Yoga e Gnose e Esoterismo Ocidental.
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