Porque me dediquei a estudar a sombra?

 

 

Porque me dediquei a estudar a sombra?

Foi algo que aconteceu naturalmente, ao longo dos anos.

 

Ver o outro lado da questão e das pessoas

 

Sempre tive tendência a ver o outro lado das questões pois para mim, no ser humano, não há “preto no branco”, somos animais complexos e os nossos comportamentos guardam motivações que às vezes são difíceis de compreender mas têm uma razão de ser. Não gosto de julgamentos precipitados e acredito que “o mal” pode ser um rótulo muito ambíguo.

 

Foi por isso, para perceber o que se passa na nossa mente, que fui estudar Psicologia. Mais tarde, já depois de concluído o meu percurso universitário, conheci a expressão “sombra”, decidi ir a fundo nos estudos e debrucei-me sobre a psicologia de Carl Jung para compreender melhor o conceito.

 

Mais tarde fiz uma formação especifica como terapeuta de shadow work (trabalho com o lado sombra da personalidade) para consolidar a parte prática.

 

A verdade é que todos nós temos este outro lado. Muitas vezes julgamos os outros e nem percebemos que estamos a projectar neles a nossa própria sombra. É comum criticar nos outros aquele desejo que temos secretamente ou ser uma coisa pela frente e outra completamente diferente por trás.

 

Sabes a canção do Rui Veloso sobre “o lado lunar”?

 

“Desvenda-me o teu lado mauzão
O túnel secreto, a loja de horrores
A arca escondida debaixo do chão
Com poeira de sonhos e ruínas de amor” Editar Editar data e hora

 

A sombra é muito isto, e é por isso que para mim é tão fascinante estudá-la!

 

Mas! Atenção que a sombra não é só aquilo que é mau. A sombra são muitas outras coisas positivas que também se escondem no nosso inconsciente: dons e talentos reprimidos pelos pais ou pela sociedade, por exemplo.

 

A sombra está… na sombra.

 

Desengane-se quem acha que o psicólogo tira tudo de letra.. “ah mas tu estudaste psicologia, devias saber que…”

É, devia mas não sei. Nem eu nem ninguém.

 

Nós temos tantas camadas e escondemos tanta coisa debaixo do chão e em túneis secretos que nem nós próprios nos conhecemos a fundo, quanto mais os outros que só veem aquilo que nós queremos mostrar.

 

E é isso que me apaixona neste trabalho de integrar a sombra: ajudar as pessoas que se querem conhecer melhor a descascar a cebola, a tirar as camadas sob as quais elas se protegem e escondem para que possam viver de uma forma mais autêntica e recuperar “a vida não vivida”.

 

“The gold is in the dark”

 

Consta que o nosso amigo Jung disse esta frase uma vez durante uma conversa. É uma excelente metáfora para descrever o shadow work –> o teu ouro esconde-se lá no fundinho, na escuridão.

E o meu trabalho é ajudar-te a procurá-lo.

 

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Vai ser uma viagem fascinante!