Nem Sempre Zen

Shadow Work ~ Interligando Consciente e Inconsciente

Percorre o teu próprio caminho

Percorre o teu próprio caminho – é uma frase cliché mas quando realmente entendemos de que forma ela se aplica à nossa vida, torna-se a chave mestra para a porta da consciência.

 

 

Trabalho de introspecção

 

Não há dúvida que fazer um trabalho interior, de introspecção, é essencial para perceber qual é o nosso caminho na vida – seja em que sentido for.

Neste caso, falo do caminho de desenvolvimento espiritual. E este caminho, como toda a gente sabe, é muito pessoal.

Podemos inspirar-nos noutras pessoas e até tentar percorrer a mesma estrada mas quantas vezes isso não serve “apenas” para compreendermos que aquele não é mesmo o nosso caminho?

 

 

Nem Sempre Zen – Percorre o teu próprio caminho

 

 

O que é que me desperta emoções?

 

 

“A cultura actual está obsessivamente focada em expectativas positivas irrealistas, tretas positivas e felizes de auto-ajuda que estamos sempre a ouvir, focadas naquilo que nos falta, aquilo que não somos, aquilo que devíamos ter sido mas não conseguimos ser.”

Mark Manson

 

 

 

 

 

 

Nunca na minha vida tinha lido livros de desenvolvimento pessoal ou espiritualidade, até agora. As minhas literaturas eram outras – muito, muito diferentes.

Neste momento dou por mim a pensar que alguns destes livros, a que me entreguei na esperança de aprender e de obter orientação no meu (re)despertar espiritual, me deixam uma sensação de vazio.

É como se eu estivesse a ler uma página em branco ou, pior ainda, um conjunto de frases batidas que não me despertam curiosidade ou interesse intelectual nem tão pouco quaisquer emoções.

Comigo há coisas que simplesmente não funcionam e há outras que eu sei que mexem comigo de forma muito profunda.

Uma imagem, uma pintura, uma história que me faça sentir compaixão pela natureza humana vai ensinar-me mais do que qualquer livro de desenvolvimento pessoal que não me emociona.

 

Tal como os livros, assim outras coisas.

 

 

Nem Sempre Zen – Apesar de não me identificar como gótica, sempre gostei muito dessa subcultura, da ideia de encontrar beauty in darkness.

 

 

 

Apesar de não me identificar como gótica, sempre gostei muito dessa subcultura, da ideia de encontrar beauty in darkness, precisamente porque me sinto atraída pelo imaginário sombrio, pelo macabro, pela parte mais obscura da mente humana.

E é nestas experiências – sejam literatura, pintura ou cinema – que eu vivencio as minhas emoções de forma intensa e delas retiro lições de vida.

Nós aprendemos com a experiência de vida mas também com a forma como percepcionamos as nossas sensações.

 

 

Eu tenho a minha própria bagagem – e tu também

 

Talvez eu não devesse pensar que nada sei – que é o que faço quando procuro as respostas no caminho dos outros.

Afinal de contas eu tenho a minha própria bagagem – e nem sempre esta bagagem inclui só coisas negativas, muito pelo contrário.

Eu tenho uma história.

Tal como tu.

 

 

Portanto, no meu processo de autoconhecimento, eu devia confiar mais em mim, em quem eu sou, no que eu gosto ou não gosto de fazer e nas práticas que gosto ou não de incluir na minha rotina, entre tantas outras coisas!

E ainda que o meu caminho não seja o convencional, ainda que eu não sinta, não vista, não leia e não faça como as outras pessoas, eu nunca deveria trair a minha natureza.

Nem tu.

 

 

Eu devo a mim mesma caminhar o meu próprio trilho e se ele não existir eu abro os roços, escavo e construo. Mas será o meu caminho.

E tu caminharás o teu.

E está tudo certo.

 

 

I don’t claim to know things better than you.

That’s probably the opposite.

I’m just documenting my life.

The evolution of my psychology.

My dreams.

My growth.

My mistakes.

I’m grateful to be able to share this with you.

And I would be delighted if it inspires some of you.

Don’t follow me. Carve your own path.

 

by Damien Bry

 

 

 

Partilha

2 Replies to “Percorre o teu próprio caminho”

  • Obrigada também pela tua partilha Joana. Às vezes fica-se com uma sensação de que podemos estar a fazer alguma coisa da maneira errada mas é como tu tão bem dizes, não há "o mais certo". Cada um de nós tem a sua própria forma de sentir a vida e chega a um momento em que percebemos, interiorizamos e continuamos o caminho do nosso jeito. Que é como deve ser.
  • Querida Patrícia, que bom ler-te, que bom partilhar contigo também. Também eu, que leio tanto, muitas vezes dou por mim a pensar que afinal aquelas páginas não me trouxeram nada, coisa que eu esperava que fizessem folheei pela primeira vez. A verdade é que acredito que muito do conhecimento para esta busca está já dentro de nós, só temos de aprender quais são os triggers para irmos desbloqueando essas camadas. A arte, seja em que forma for, é, para mim, uma das melhores maneiras de o fazer. Até ler pequenas citações, encontradas à toa na Internet, e reflectir sobre o que elas significam para mim em determinado momento, pode contribuir para este crescimento que muitas vezes leituras mais extensas não deixam descobrir. Uma das coisas mais importantes que aprendi nesta jornada espiritual é que não há "o mais certo", e por vezes aquilo que a maioria procura só serve para eu me perder do meu caminho... O caminho é de cada um de nós, e devemos fazer aquilo que nos faz sentido. Caminhar lado a lado, sim, mas cada um tem os seus próprios trilhos, os seus próprios detalhes de paisagem. Gratidão por mais uma reflexão
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