Nem Sempre Zen

Shadow Work ~ Interligando Consciente e Inconsciente

O Shadow Work como ferramenta de autoconhecimento

 

Eu realmente estou muitas vezes “nem sempre zen” – a minha sombra assombra-me!

O meu humor flutua consoante o tempo (e a lua eheh) mas aprendi a viver com isso.

Se num dia não estou confortável, esperançosa e me sinto irritadiça, sei que amanhã ou depois tudo passa e volto a recuperar o meu brilho e a capacidade de ser mais positiva na avaliação do que se passa ao meu redor.

Não há saltos quânticos ou milagres no nosso processo de autoconhecimento, são percursos demorados que precisam ser bem cimentados e por isso naturalmente levam tempo.

O shadow work – o trabalho de resgatar e integrar a sombra da nossa personalidade – é um desses métodos de autoconhecimento que nos ajudam a reconstruir a visão que temos de nós.

 

O Shadow Work é a alquimia do interior, é transformar o chumbo em ouro e transmutar a obscuridade em esplendor.

 


A sombra é o que faz de nós humanos.


Na teoria junguiana

 

“”a percepção da realidade da sombra”, um processo de tomada de consciência da parte inferior da personalidade, processo este que não deve ser entendido falsamente no sentido de um fenômeno de natureza intelectual, porque se trata de uma vivência e de uma experiência que envolvem a pessoa toda.

Carl Jung in A natureza da psique


No meu processo de shadow work/abraçar a sombra, que tem sido contínuo, tenho-me deparado com situações que julgava sanadas.

Não sou daquelas pessoas que acredita que tudo na vida nos vem dar lições mas é verdade que obstáculos são sempre portas abertas à experiência e ao desenvolvimento de uma nova forma de ver e pensar aquela mesma situação.

 

A nossa psique é a nossa alma


Neste trabalho de “abraçar a sombra” não só tomamos consciência do que está oculto como temos a oportunidade de conhecer e transformar características opressoras em algo de bom e funcional para tornar a nossa vida mais leve.

E este não é apenas um processo intelectual, como refere Jung, mas um que abrange uma área da nossa existência que muitas vezes insistimos em ignorar: a dimensão espiritual.

Eu sou céptica mas tenho o coração aberto o suficiente para crer que nós somos mais do que a cápsula de ossos, músculo e sangue que nos envolve.

A nossa psique é a nossa alma. A alma que nos sopra a vida e nos dá condição de habitar este mundo e de o sentir.

 

 

 

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