Nem Sempre Zen

Shadow Work ~ Interligando Consciente e Inconsciente

Flow (aquilo que realmente importa…. – parte 2)

 

Esta é a segunda parte do artigo sobre aquilo que realmente importa (na nossa vida).

 

Neste artigo tento responder à pergunta:

 

Porque é que eu não pensei na dieta durante os dias em que estive longe da cidade, das pessoas e da minha rotina habitual?

 

Flow

O termo flow significa “fluir” em português mas é tão mais do que isso.

 

“A state in which people are so involved in an activity that nothing else seems to matter; the experience is so enjoyable that people will continue to do it even at great cost, for the sheer sake of doing it.”

– Mihaly Csikszentmihalyi, 1990

 

 

Nem Sempre Zen – O flow, é o estado de estar absorvido em qualquer coisa que nos é agradável, algo que nos faz esquecer o tempo e o espaço.

 

 

 

 

O trabalho de Mihaly Csikszentmihalyi identificou 6 características do flow , que são:

 

  1. Concentração absoluta na tarefa;
  2. Distorção da noção de tempo;
  3. A experiência em si mesma já é uma recompensa;
  4. Fusão entre atenção e acção;
  5. Sentimento de controlo sobre a tarefa;
  6. Perda de autoconsciência reflexiva. (1)

 

 

As pessoas que estão mais capacitadas para sentir e viver este “fluir” são, segundo apontam alguns estudos, aquelas que:

  • Demonstram um interesse profundo na vida, na existência;
  • São persistentes;
  • São pouco autocentradas em sí próprias;
  • São conscienciosas.

 

Nem Sempre Zen – Uma das características do flow é que a experiência que estamos a viver já é, em si mesma, uma recompensa

 

Uma das formas de conseguirmos “entrar” neste estado de flow será abandonar quaisquer distracções, como o smartphone, que insistentemente nos puxam para as questões mundanas do quotidiano.

(aquelas que, se analisarmos bem, não são assim tão importantes)

 

 

A motivação para o flow

 

A maior motivação para o flow é gostares realmente do que estás a fazer.

É aquela sensação de estares tão embrenhado num trabalho ou numa leitura que te dão prazer, que nem dás pelo tempo passar.

 

 

Portanto, respondendo à questão que coloquei anteriormente:

 

Porque é que eu não pensei na dieta durante os dias em que estive longe da cidade, das pessoas e da minha rotina habitual?

 

A minha ansiedade era mínima, o ambiente (o ar, o som, a visão) era propicio a relaxar e a vontade de viver aquele momento em todo o seu esplendor era mais que muita!

Estava tão empenhada em disfrutar da natureza a 100% que não me preocupei com mais nada.

Deu-se a fusão entre a atenção e a acção, de forma que não havia espaço para outras questões senão a experiência daquele momento.

 

Nem Sempre Zen – Não pensei na dieta, da forma que me é habitual, porque tinha a minha mente ocupada por uma tarefa prazerosa, que me envolveu de forma absoluta.

 

Nestes dias de retiro na natureza, aquilo que me fez sentir bem e feliz era estar a desfrutar do prazer de estar ali, naquele momento, naquele local.

 

O mais importante era viver todas as experiências sensoriais: respirar o ar puro, estar embrenhada na floresta, ouvir o som do vento nas árvores e sentir as pedras da calçada medieval, enquanto caminhava serenamente pela serra.

 

 

(1) Perda de autoconsciência reflexiva é a perda de consciência de nós próprios, não nos apercebemos de que estamos ali, “engajados” naquela tarefa.

 

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