Nem Sempre Zen

Shadow Work ~ Interligando Consciente e Inconsciente

Eu vivo a espiritualidade à minha maneira e com os recursos que tenho

 

 

Nem Sempre Zen – Eu vivo a espiritualidade à minha maneira e com os recursos que tenho. E tu devias fazer o mesmo.

 

Tenho cerca de 1 dúzia de cristais, cada um comprado com intenção, para trabalhar uma determinada energia. Não tenciono deita-los fora sob a premissa de que já cumpriram o seu propósito, porque gosto deles e sou pobre.

 

Sou pobre mas gasto montes de € em livros e cursos que vou fazendo online, ao meu ritmo. Adoro ler e é assim que aprendo. Leio, medito, viajo, integro e, se for relevante, passo os ensinamentos no site e nas redes sociais. Tal como faço com a minha experiência pessoal. Dou.

 

Dou porque não faço vida disto. Se fizesse teria de vender o meu tempo, tempo de estudo, tempo de pesquisa, tempo de assimilação, tempo de organização, tempo de prática e tempo de recuperação.

 

Não faço vida disto mas sou gaja trabalhadeira e os fins de semana são para: visitar e ajudar a família no que precisam, ir às compras, limpar a casa e, se der, descansar. Logo, não tenho tempo para workshops e imersões de 6f a domingo.

 

Também por ser gaja trabalhadeira e ter um work que me cansa mentalmente, aprecio os meus momentos de descanso e não consigo acordar às 5 da matina para meditar, fazer jogging e um mega pequeno almoço com 254 ingredientes.

 

Este ano fui viajar durante 2 semanas, pela primeira vez em 23 anos de trabalho. Foi tirado a ferros – nem conto a história mas faço spoiler: entidade patronal.

Fui 2 semanas “para fora” porque andamos a juntar € para isso durante muito tempo. Saiu-nos do couro. Mas soube bem. Dito isto, Não tenho como ir fazer retiros a Bali porque sou pobre.

 

Sim, o pobre é maneira de falar e esquece a conversa da escassez porque estou a ser irónica. Eu vivo a espiritualidade à minha maneira e com os recursos que tenho. E tu devias fazer o mesmo. Sonhar com o improvável (nunca impossível!) não é um bom ponto de partida porque gera ansiedade. Já para não falar das comparações.

 

Sou a favor das orientações, das partilhas, tudo desde que seja com honestidade e sem segundas intenções.
Não gosto quando tentam impingir que somos melhores pessoas se tivermos um determinado estilo de vida e bebermos água com limão todas as manhãs (embora faça bem mas as pessoas com sensibilidade ao ácido cítrico coitados, ficam de fora?).

 

Nada como reunir informação e pensar pela própria cabeça. Até porque se alguém se lembrar e divulgar nas redes sociais a novidade do ano – que na realidade já é velha como Judas – o que é moda hoje, é crime contra a humanidade amanhã.

 

 

Partilha

2 Replies to “Eu vivo a espiritualidade à minha maneira e com os recursos que tenho”

  • Adorei e identifico-me tanto! A espiritualidade está dentro de nós, não precisamos de nada externo. É bom ter orientação, ter algo que nos ajude a focar, mas pensar que sem isso não se consegue caminhar na espiritualidade, ou que se é menos espiritual, é um erro. O primeiro é apego, o segundo não passa de uma comparação perpetuada pelas redes sociais. Como sabes, tenho muitos cristais, sim, mas foram sendo adquiridos/oferecidos ao longo de cerca de 10 anos. E como sabes, gosto de trabalhar com eles, mas não são uma obrigatoriedade. Aquilo em que mais gastos dinheiro também são livros e cursos (viagens nestes dois últimos anos tem sido dentro de Portugal, o que também é óptimo), mas também digo que não há nada como a partilha entre pessoas "reais", trocas de ideias, aprendizagens em conjunto.
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