Nem Sempre Zen

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Encontra a tua Voz (para seres feliz)

Encontra a tua voz parece um daqueles clichés que lês nas redes sociais de pseudo gurus espirituais da treta. Mas, neste artigo, eu digo-te porque uso esta expressão para me referir à imperiosa necessidade de não seguir a carneirada, mesmo que toda a gente pareça ter a fórmula certa para o sucesso ou a felicidade.

 

 

 

Inspira-te, não copies.

 

Há uns meses assisti a um webinar de um compositor e vocalista de uma banda americana de deathcore em que alguém perguntou:

“como é que a malta que começa agora a cantar este estilo pode conseguir uma vocalização como a tua?”

 

O vocalista respondeu:

“bom, porque tem de ser como a minha? Os nossos aparelhos vocais são diferentes, logo vocês vão produzir um som diferente. O que podes fazer é inspirar-te em mim, sim, mas tens também de treinar muito para depois encontrares a tua própria voz”

 

Fiquei com essa resposta na cabeça, enquanto analogia ao que se passa nas nossas vidas, quando tentamos fazer algo e “copiamos” o que os outros estão a fazer ou queremos seguir a mesma receita pré-formatada para o sucesso.

 

 

Terá Ana Moura Enlouquecido?

 

E calhou de, mais recentemente, ter lido o Postal do Dia, do Luís Osório no qual ele comentava sobre se a Ana Moura, fadista portuguesa bem conhecida além-fronteiras, teria enlouquecido.

Claro que fui atrás do título… Terá Ana Moura enlouquecido? Porquê? O que aconteceu?

E ao ler aquele postal entendi tudo.

A Ana Moura mudou. E tantas foram as mudanças na vida dela que a sua forma de expressão precisou mudar também para acompanhar esta nova fase.

 

Ela precisou (re)encontrar a sua voz.

 

Os seus fãs mais fervorosos de há 20 anos terão estranhado essa passagem do fado tradicional – que lhe rendeu fama, colaborações musicais de tirar o folêgo e, seguramente, um bom cachet – para um estilo musical diferente, mais eclético e quiça popular?

 

 

Encontra a tua Voz (para seres feliz)

 

A questão é mesmo: Porquê insistir numa fórmula que até funciona, mas que te faz miseravelmente infeliz?

Pergunta-te a ti mesmo/a isso. Porque continuo a fazer, a falar, a pensar, a conviver, a aceitar tudo e todos se isso não me traz paz nem me faz feliz?

No meio disto tudo, o que precisas fazer, independentemente da opinião externa ou do que quer que o mundo inteiro esteja a fazer, é: encontra a tua voz!

 

 

PS1: Eu que não gosto muito destes ritmos mais dançáveis, vi-me completamente rendida à música “agarra em mim”, sobretudo pela letra.

 

É um tema de cumplicidade, de amor declarado, eternamente “escrito no papiro”, sem a “faca, essa velhaca que ontem nos matou aqui” e que aqui jaz. Há lágrimas e calor, aconchego e procura de redenção, laivos sensuais e uma queda no abismo. 

 

PS2: O meu avô, falecido à 16 anos, era muito fã da Ana Moura, era ela ainda uma desconhecida que passava nos programas de rádio noite dentro. Gostava de saber o que diria ele desta Ana Moura de hoje. Desconfio que seria qualquer coisa como “deixa a miúda fazer o que quiser que ela está feliz” 🙂

 

 

 

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