Aprender aos 40 anos – porque nunca é tarde
12 de Março, 2018
Aprender aos 40 anos… aos 50, aos 60, aos 70… enfim, o ideal seria nunca parar.
Eu não quero parar. Porque nunca é tarde para aprender.
Nunca é tarde para aprender
Há uns dias estava a pensar nisto, nesta necessidade de estar permanentemente a aprender coisas novas, de abrir a mente ao desconhecido.
E agora que estou novamente lançada no meu objectivo de perder peso (600 gramas valem ouro nesta fase!…) vou pensando no caminho que tenho percorrido.
Apesar de ainda não ter lá chegado (bom, cheguei e depois regredi) o caminho até aqui tem sido simpático no sentido em que tenho aprendido algumas coisas sobre alimentação, filosofia e estilos de vida, crenças espirituais, consciência social e por aí fora.
Também tenho descoberto actividades novas e pessoas que desenvolvem projectos (e até negócios próprios) interessantes, por exemplo “Just Natural Please”, “A Cozinha Verde”, “Master of Simplicity” entre tantos outros.
Uma das descobertas que fiz recentemente foram os workshops de cozinha. Assisti ao primeiro da minha vida no mês passado com a Filipa Range, d’A Cozinha Verde sobre alimentação vegan para principiantes (adorei!).
Não sou vegan, nem vegetariana mas quero abrir horizontes relativamente à minha alimentação e à da minha família e fazer o possível para que todos tenhamos uma vida mais saudável.
No workshop aprendi o básico para quem se quer aventurar na culinária vegan: desde o fabuloso falaffel (que eu adoro!) até às trufas energéticas feitas de maneira tão simples que até doi! 😀
Estou simplesmente encantada por, aos 40 anos, ainda estar a desbravar caminhos e olhe que são caminhos que nunca pensei percorrer!
Semprei gostei de ler e aprender coisas novas
Semprei gostei de ler e aprender coisas novas, mesmo que não tenham que ver com a minha área académica, a Psicologia, ou com a profissional, Finanças.
Fui para faculdade já tarde e conclui o Mestrado já depois dos trinta anos e tudo em horário pós laboral – não é fácil!.
Mesmo após concluir o curso continuei a frequentar formações, presenciais ou online, conforme a disponibilidade da altura.
Neste momento estou interessada em aprender mais sobre alimentação, movida pela necessidade de perder peso.
E além da alimentação, o yoga e a meditação são temáticas recentes na minha vida e sobre as quais me tenho debruçado através de leituras, seja em livros ou blogues de praticantes que acabam por nos ensinar tantas coisas com a sua experiência.
Por alguma razão estes temas apareceram todos na mesma altura – alimentação, yoga, meditação.
Não sei se por estarem de alguma forma relacionados ou se foi eu estar predisposta num certo momento a abrir espaço para deixar entrar estas informações na minha cabeça, o que sei é que têm-me ajudado a curar feridas antigas, a olhar a vida de novas perspectivas e encarar o futuro de outra forma.
Até a minha luta para perder peso ganha outro significado. Vai lenta, muito lentamente, mas vai. Ao longo do percurso aprendo, aplico, caio, levanto-me.
Nem sempre zen, mas vou seguindo em frente..
As coisas não correm sempre bem. É a dieta que falha, é estar de mau humor um dia ou outro por causa de qualquer coisa, ou sem razão alguma. São as preocupações com a família, são os amigos que falham ou se distanciam.
A vida é assim, nada é perfeito.
E isto é coisa que se vai aprendendo com as experiências, não há curso, seminário ou workshop que nos ensine a sentir e a entender as emoções que experienciamos.
Até podemos fazer workshops, consultar uma taróloga, fazer uma leitura da aura, enfim, tudo serve de orientação, não há mal nenhum nisso, às vezes até é interessante passar pela experiência mas nenhuma destas coisas coloca dentro do nosso coração o sentimento ou a capacidade de compreender e lidar com o nosso próprio comportamento.
Isto é a nossa aprendizagem pessoal. Ou estamos abertos para a incorporar no dia a dia ou passa-nos ao lado.
Na minha opinião, conhecermo-nos a nós próprios é fundamental e pode ser a chave para ser feliz.
Se você acha que não há mais nada para aprender, que não tem capacidades, tempo, paciência, enfim, desafie-se!
Faça um workshop de cozinha saudável, leia livros novos sobre temáticas diferentes do seu dia a dia, faça um curso de pintura,
inscreva-se no ginásio, aprenda línguas, faça uma sessão de reiki, uma massagem ayurvédica (esta está na minha lista!) mas saia fora da sua bolha!
Não tem dinheiro? Não é problema.
Faça voluntariado num Instituição, aprenda com as outas pessoas, novos ou velhos. Conheça pessoas novas. Atravesse a estrada e vá até aquele jardim na sua cidade onde nunca foi.
Depois, em casa, pense sobre o que fez, tire 2 minutos que seja para pensar no que isso a/o fez sentir. Isto também é aprendizagem. Isto é viver.
E não se desculpe com o “já não tenho idade para aprender”. Veja estes exemplos e inspire-se.
- Começar a surfar ao 40!
- 10 Razões pelas quais nunca é tarde para aprender a tocar
- O sonho de aprender a ler não morre com a idade
Vivo para escrever. Adoro puzzles e mistérios. Não passo sem um cafézinho, música (especialmente heavy metal!) e uma boa dose de ironia. Silêncios são necessários e prazerosos, assim como os livros * Sou Licenciada e Mestre em Psicologia e Terapeuta de Shadow Work * Actualmente continuo a estudar Psicologia Analítica mas também Psicologia da Religião, Filosofia do Yoga e Gnose e Esoterismo Ocidental.